Grisoso

virtus in ursis

• Fundador: Rosalia Grisoso
• Origem: México
• Economia: Baixa Renda
• Características: Cabelos escuros e olhos claros
• Símbolo: Urso

Rosalia Grisoso não nasceu com o nome que carregaria como símbolo de sua nova linhagem. Ela veio de uma família de desertores, Caçadores de Sombras que haviam abandonado a Clave por motivos políticos. A jovem Rosalia cresceu nas sombras dessa vergonha, rejeitada tanto pelos Nephilim quanto pelos mundanos. Determinada a recuperar a honra de sua linhagem e escapar da mancha de traição que a perseguia, Rosalia cortou laços com sua família e deixou para trás o país de sua infância, buscando um novo começo em um território estrangeiro. Seu destino foi um Instituto situado em um porto próspero e cosmopolita, onde diferentes culturas e influências se encontravam: o Instituto do Rio de Janeiro, uma base vital na luta contra as forças demoníacas na América do Sul

Rosalia sabia que não bastava pedir perdão ou suplicar aceitação; ela precisaria provar seu valor à Clave. De forma incansável, ela se dedicou a missões de alto risco, liderou batalhas contra demônios de classe elevada e reconstruiu sua reputação, forjando um novo nome para si mesma: Grisoso, inspirado pela força dos ursos e pela lealdade ao dever que ela acreditava ser cinza — uma virtude entre a severidade da lei e a compaixão necessária para liderar. Ao longo das décadas seguintes, os Grisoso se tornaram uma família respeitada, embora ainda vissem olhares de desconfiança de algumas casas Nephilim devido às suas origens. Essa desconfiança culminou em uma rivalidade amarga com a influente família Pedroso, que há gerações controlava o Instituto do Rio. O conflito entre as duas famílias começou a se intensificar quando Rosalia indicou seu primogênito, Gregor Grisoso, para o cargo de diretor do Instituto, rompendo com o ciclo de liderança tradicionalmente exercido pelos Pedroso. O confronto rapidamente deixou de ser político e tornou-se pessoal quando os Pedroso insinuaram que os Grisoso, como descendentes de desertores e imigrantes, não possuíam o direito legítimo de ocupar um cargo de tanto prestígio. Quando não conseguiram o cargo, os Grisoso retornaram para a Cidade do México em busca de assumir o Instituto local mais uma vez.

A rixa com os Pedroso no entanto começou quando, liderados por Juan Carlos, chegaram à região em busca de reconhecimento e influência. No Conclave local, a posição de direção do Instituto foi disputada entre as duas famílias. Os Grisoso, que há gerações contribuíam para a defesa do território, viam a entrada dos Pedroso como uma ameaça às suas tradições. Enquanto os Grisoso argumentavam que sua experiência os tornava os candidatos mais adequados, os Pedroso insistiam que sua abordagem inovadora e agressiva era o que o Instituto precisava.

A disputa pelo Instituto terminou em favor dos Grisoso, mas os ânimos permaneceram acirrados. Para os Grisoso, isso era apenas política. Para os Pedroso, no entanto, a derrota foi vista como um insulto pessoal, e a animosidade cresceu como uma sombra entre as duas famílias. O verdadeiro rompimento, contudo, não foi político, mas pessoal. Edmund Grisoso, o carismático e ambicioso segundo filho da família, envolveu-se com Catalina Pedroso em um romance que parecia, aos olhos da sociedade Nephilim, promissor. Muitos viram nisso a possibilidade de uma aliança entre as duas famílias, capaz de colocar um ponto final na rivalidade.

No entanto, para os Grisoso, Edmund sempre foi um homem de escolhas estratégicas. Ele nunca enxergou a relação com Catalina como algo que pudesse se transformar em casamento, especialmente porque, à época, já haviam negociações discretas entre os Beargrey e a poderosa família Tefereel para arranjar o casamento de Edmund com uma jovem dessa linhagem. Quando Edmund encerrou seu envolvimento com Catalina, isso foi recebido como um golpe pelos Pedroso.

Os Pedroso exigiram um posicionamento formal, acreditando que os Grisoso deveriam "reparar" a honra de Catalina com um casamento. Para os Grisoso, entretanto, a ideia era absurda. Edmund alegou que Catalina havia se iludido, e a família, desejando evitar conflitos maiores, recusou-se a tomar medidas que comprometessem sua aliança com os Tefereel.

A visão dos Grisoso sobre Catalina tornou-se pública após o incidente: para eles, ela era uma mulher orgulhosa e obstinada, mas também imprudente, cujas expectativas foram equivocadas. Quando Catalina decidiu renunciar à sua vida comum como Caçadora e tornar-se uma Irmã de Ferro, os Grisoso interpretaram isso como um gesto dramático que, embora admirável, apenas solidificava a reputação dos Pedroso como temperamentais e difíceis.

Apesar dos constantes conflitos, a família Grisoso continuou a crescer, mantendo o espírito de sua fundadora: força, determinação e uma teimosia quase indomável. Seus membros eram conhecidos por sua habilidade em combate corpo a corpo e por sua empatia inabalável com mundanos e submundanos, o que frequentemente os colocava em posições desafiadoras, mas também os tornava ótimos combatentes.