Drakestone

draco dormit, sed numquam moritur

• Fundador: Caius Drakestone
• Origem: Escócia
• Economia: Média Renda
• Características: Cabelos castanhos e olhos claros
• Símbolo: Dragão

Os Drakestone, originalmente conhecidos como Dragoniblood em Idris, eram uma das famílias mais antigas e renomadas entre os Nephilim, com raízes que remontam aos tempos da Roma Antiga. Diz-se que o nome "Dragoniblood" surgiu de uma lenda familiar: o fundador do clã, Caius Drakestone, teria enfrentado e derrotado sozinho um demônio em forma de dragão na costa da Gália, selando sua linhagem com um símbolo de força e coragem. Ao longo dos séculos, os Drakestone cultivaram uma reputação como guerreiros ferozes, implacáveis no campo de batalha e extremamente leais à sua própria família.

Nos anos 1800 e início de 1900, os Drakestone eram sinônimo de força militar e bravura. Especializados em combate direto, eram conhecidos por suas armas personalizadas, muitas delas adornadas com símbolos dracônicos, e por seu treinamento rigoroso desde a infância. A liderança da família era passada de geração em geração, priorizando aqueles que demonstrassem maior habilidade em combate e estratégias de guerra. O lema familiar, "Fogo e Aço," refletia sua crença na força bruta e na perseverança diante das adversidades.

Apesar de sua tradição marcial, os Drakestone também compreenderam a importância da diplomacia, o que levou à formação da Tríplice Aliança de Glasgow. A aliança foi um marco de inovação para a família, que, até então, relutava em confiar em outras linhagens. A força militar dos Drakestone, combinada à diplomacia dos Sionnach e à engenhosidade intelectual dos Ashburn, garantiu a prosperidade do clã por várias décadas. Durante esse período, os Drakestone expandiram sua influência, construindo fortalezas e adquirindo vastas terras na Escócia e na Inglaterra. Mas, com o passar do tempo, os Drakestone começaram a desconfiar de seus aliados. No início da década de 1940, influenciados por seu líder na época, Augustus Drakestone, a família passou a acreditar que estavam carregando o peso da aliança sozinhos. Augustus, um homem implacável e carismático, acreditava que a força do clã estava sendo explorada pelos Sionnach e pelos Ashburn, que contribuíam menos em termos de recursos e estratégia militar. A desconfiança culminou na reunião do Conclave de Glasgow, em 1950, onde Augustus fez exigências para assumir a liderança da aliança e redistribuir os recursos de maneira mais favorável aos Drakestone. Quando os Sionnach recusaram e os Ashburn questionaram sua ambição, Augustus declarou o fim da aliança, levando consigo uma grande parte das riquezas acumuladas.

Após romper com os aliados, os Drakestone buscaram consolidar seu domínio sozinhos. No entanto, sua ambição se tornou sua ruína. O isolamento da família deixou-os vulneráveis a ataques e rivalidades políticas dentro do mundo Nephilim. Além disso, Augustus investiu grande parte das riquezas da família em projetos grandiosos — como a construção de fortalezas e a aquisição de terras —, que se provaram insustentáveis.

Na década de 1970, após sucessivos conflitos e fracassos, a fortuna dos Drakestone começou a evaporar. Suas terras foram vendidas para cobrir dívidas, e o clã perdeu grande parte de sua influência no Conclave. A queda foi ainda mais acentuada quando um grupo de membros renegados da família, desiludidos com a liderança, abandonou os Nephilim e se uniu ao Ciclo de Raziel, tornando os ideais da família ainda mais radicais.

Hoje, os Drakestone sobrevivem como uma sombra do que foram. Embora ainda existam membros da família com grande habilidade em combate, o clã  foi perdendo sua força política e econômica, tendo sua ruína com a dissolução do Ciclo. Restam apenas alguns descendentes, espalhados pelo mundo, tentando resgatar o nome da família.

Embora os Drakestone nunca tenham recuperado seu lugar de destaque, o fogo de sua ambição ainda queima em seus corações — uma chama fraca, mas que pode reacender a qualquer momento. Afinal, como diz um ditado antigo da família:

"O dragão dorme, mas nunca morre."